Solto uma frase ao acaso
e ela voa ligeira.
Junta-se a outra, e mais outra,
como se a frase fosse gente,
gente que grita em revolta,
criança com fome que chora,
nasce o poema à solta,
mas sem liberdade completa.
e ela voa ligeira.
Junta-se a outra, e mais outra,
como se a frase fosse gente,
gente que grita em revolta,
criança com fome que chora,
nasce o poema à solta,
mas sem liberdade completa.
Engole o receio, o poema,
de ir parar à rua fria,
caminha livre, quiçá escravo,
esfrangalha-se todos os dias,
no bolso não tem um "chavo",
mas medo de ser despedido.
de ir parar à rua fria,
caminha livre, quiçá escravo,
esfrangalha-se todos os dias,
no bolso não tem um "chavo",
mas medo de ser despedido.
Sobram-lhe dias ao poema,
faltam letras ao jantar.
Sobra-lhe a raiva ao poema
e a vontade de gritar...
faltam letras ao jantar.
Sobra-lhe a raiva ao poema
e a vontade de gritar...
Sai do livro,
vai para a rua,
põe o cravo na lapela
e solta a voz aprisionada.
solta frases, liberta letras,
sobe ao palanque,
fala de Abril, liberdade.
Pois que culpa tem Abril
de que o mundo não avance?!
vai para a rua,
põe o cravo na lapela
e solta a voz aprisionada.
solta frases, liberta letras,
sobe ao palanque,
fala de Abril, liberdade.
Pois que culpa tem Abril
de que o mundo não avance?!
Poemas!
Poemas somos nós todos,
sejamos com rima ou sem rima!
Temos que acabar com aqueles
que comem a antologia!
A antologia e os livros,
o trabalho e a dignidade,
contra os corruptos gritemos,
por Abril, em liberdade!
Poemas somos nós todos,
sejamos com rima ou sem rima!
Temos que acabar com aqueles
que comem a antologia!
A antologia e os livros,
o trabalho e a dignidade,
contra os corruptos gritemos,
por Abril, em liberdade!
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