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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

terça-feira, 1 de março de 2016

Às ervas que sempre ervas verdes, serão...

BILINGUE
A las yerbas
que siempre yerbas berdes,
hán-de ser…


Yerba,
flor de chougarço i temielho,
medrados ne ls granicos de puolo i tierra
cun que fazies l mundo,
paixarico cun çubiaco i a cantar,
flor a beisar.
Stan las faias de las arribas
hoije mais sgúbias;
anque nun las quejisses ber cun uolhos tristes,
slhagrimonórun pula nuite anteira.
L zimbro medrado na peinha,
a quemer puls spinos,
stá hoije algo mais drobado,
algo mais triste,
anque quando por el passabas le dezísses:
Nada nien naide te bote abaixo,
tu sós la fuorça d´ampossibles,
la fuorça de la natureza an sous lhemites!
L mesmo riu,
las tues palabras
an retombos nas arribas...
A ti, Amadeu
1-03-2016


Erva,
flor de chougarço e tomilho,
medrados nos grãos de pó e terra
com que fazias o mundo,
passarinho
a fazer ninho i a cantar,
flor a beijar.
Estão os penhascos das arribas mais molhados;
mesmo que não os quiseses ver com olhos tristes,
choraram a noite inteira.
O zimbro medrado na peinha,
a alimentar-se pelos espinhos,
está hoje um pouco mais curvado,
um pouco mais triste,
mesmo que ao passar lhe tivesses dito:
Nada nem ninguém te derrube,
tu és a força dos impossíveis,
a força da natureza em seus limites!
O mesmo rio,
as tuas palavras em ecos nas arribas...
A ti, Amadeu Ferreira, um ano depois
1/3/2016

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