Acerca de mim

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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Dum trago


 

 

Bebi-te dum trago
Mosto
Dum São Martinho
A saber a jeropiga
 

Bebo-te em goles pausados
Vinho
Sentindo o teu aroma
Degustando as castas
Que te fizeram encorpar
No volátil do açúcar transformado
 

Bebo-te ainda  em vapores
Destilado
E com receio de que se escapem…
Bebo-te dum trago

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Na ponta dos versos


Eram altas  madrugadas
e a noite tremia
fria nas tuas mãos
e das minhas
um corpo em cascata
feita  céu descia.

Os dedos!...
Os dedos mexiam
segurando a noite
madrugada fora
e  ao romper da aurora
os dedos cansados
bendiziam  o dia.

Despontava o dia na ponta dos versos
e os dedos travessos
como que a levitar
levantavam  as estrelas 
que pressentindo o dia
no céu recolhiam
e, de pálpebras pesadas,
fechavam  os olhos
para se irem deitar.

Dormiam as estrelas
mas sempre reacendiam… 

Preparam-se  madrugadas
na ponta dos dedos,
e acordam as estrelas
no seu cintilar
e na ponta dos versos
adormece a noite
empurrando os dedos
para  seu versejar.

 E a noite perdura no verso
até o sol despontar

 
An mirandés
 


Na punta de ls bersos 
Éran altas madrugadas
i la nuite tremie frie
nas tues manos i de las mies
un cuorpo an cachoneira
feita cielo decie. 
Ls dedos mexien
sigurando la nuite madrugada afuora
i al rumper de l´ourora
ls dedos cansados
benedezien l die.  


Assomaba l die na punta de ls bersos
 i ls dedos trabiessos cumo que a lebitar
a lhebantában las streilhas
que, pressentindo l die
ne l cielo arreculhien i, de piçtanhas pesadas,
cerrában ls uolhos para s´ir a deitar. 

 
Drumien-se  las streilhas
mas siempre riacendien… 


Porpáran-se madrugadas na punta de ls dedos,
i spértan las streilhas ne l sou relhampar
i na punta de ls bersos

drume-se la nuite
ampuxando ls dedos
para sou bersiar.
I la nuite manten-se ne l berso
até l sol tornar

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