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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

É preciso aprender


As imagens têm chegado, reais, medonhas. De um momento para outro, após umas horas de chuva intensa o que era considerado como uma pérola do Atlântico reduziu-se a um monte de pedras e lamaçal. Muitas vidas ceifadas pela força das correntes, o fruto de uma vida de trabalho que num sopro se foi.
Tantas outras imagens destas e piores, nos têm chegado recentemente doutros pontos do planeta embora esta, porque a tragédia é nossa, nos toque mais profundo.
Outras tragédias deste tipo já ocorreram recentemente, felizmente menos gravosas em prejuízos materiais e humanos porque, por um lado era em regiões de planície que sendo preocupante pelo menos a água não atinge tão elevada velocidade que nas encostas com elevado declive, e por outro lado a pluviosidade não seria tão intensa. Estou a lembrar-me de Beja em dois mil e poucos, fenómenos cíclicos que um pouco por todo o lado vão surgindo.
Pensando nestes dramas nunca é demais falar dos grandes responsáveis por essas desgraças para a lém da própria natureze: Mão humana, a eterna ganância, o compadrio e coisas do mesmo tipo, onde o dinheiro anda sempre de mão dada com o restante. Ribeiras às quais lhes foram roubados os leitos e que enraivecidas recuperam o que lhes pertenceu, levando à frente tudo quanto encontram.
Porquê?
Porque as cidades e outras localidades foram projectadas para situações normais, como se as forças da natureza se comportassem sempre duma forma normal, porque se construiu onde nunca se devia à cata do lucro.
O incumprimento das normas, quando elas existem, a troco de dinheiro ou compadrios, muitas vezes de natureza política como sucede na Madeira. O eterno problema da currupção...
É um facto que mesmo tudo feito dentro da legalidade, mesmo seguindo um plano de ordenamento do território adequado,o plano director municipal à risca, o drama havia de existir, mas incomparávelmente menor.
Será que o AJJ não retirará destes dramas alguma aprendizagem e que mais não seja se torne menos arrogante e mais justo para todos os madeirenses e os trate por igual, mesmo àqueles que não lhe dão o voto? Receio que não e infelizmente julgo que não me engano.
Assusta-me sentir o quão somos frágeis e impotentes perante as forças da Natureza e assusta-me também o facto de quem tem a obrigação de governar com seriedade a maior parte o não faça...

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