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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Era pouca, a terra!...

…era pouca a terra para tanta gente!…

Fiquei a matutar naquilo que me disse duma forma tão serena e com tanta sabedoria.
Por isso as pessoas se fizeram lutadoras; nada é por acaso, continuava o menino…

Possui muita terra agora, mas continua a ser o mesmo menino como se não tivesse terra nenhuma. Segue sem parar, perseguindo os seus sonhos, caminhante agarrado a um pau para se encostar, deixando transparecer uma inocência cândida do menino que foi.
E assim segue lutando.
Tal como formiga a carregar comida para o formigueiro, segue o menino, sem descansar, como se estivesse a lutar por um bocadinho de terra para que o pão chegue para o ano inteiro, para que possa matar a fome aos filhos.

… é demasiada a terra, agora!
Como?
Se a terra não cresce!!!

Diminuiu a gente, há enxadas a mais, há terras de sobra doentes…

Deseja tirar o sofrimento àquela terra. Ouve-lhe os lamentos e gritos de solidão que não são mais que os lamentos e gritos surdos que do seu peito saem, quando dela se aparta…

Um dia matarão a solidão os dois, ele e a terra e, aquele menino voltará a brincar com a fisga por aqueles campos e fraguedos, perseguindo sonhos , coração renascido, terra outra vez com dono.!...

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